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Na hora de escolher, Tendências
15 de Janeiro de 2020.

Apartamentos studio disparam na preferência de quem vai morar e investir

Não é de hoje que o apartamento studio vem se destacando no mercado brasileiro e, particularmente, no da cidade de São Paulo. Dados do Secovi-SP mostram que, de 2004 a 2018, na contramão dos outros tipos de empreendimentos, a participação das unidades com menos de 45 metros quadrados de área útil (os chamados studios) no total de lançamentos residenciais na cidade saltou de 4% para 62% - ou de 806 para mais de 20 mil empreendimentos.

Na mesma linha, uma pesquisa do portal Viva Real mostra que, nos últimos 10 anos, o número de  apartamentos  studio  lançados na capita paulista, mais que dobrou. “Esse tipo de imóvel praticamente não sentiu os efeitos da última crise. Há exemplos de empreendimentos que foram lançados, e muitas vezes vendidos em questão de dias, mesmo nesse período, praticamente sem descontos de preço, explica Sérgio Castelani, economista do Grupo Zap.

“Esse tipo de imóvel praticamente não sentiu os efeitos da última crise”

Uma das explicações para esse fenômeno pode estar no fato de que os imóveis à venda de um dormitório têm apresentado uma excelente performance num indicador-chave do ponto de vista da liquidez: as chamadas VSO (Vendas Sobre Oferta). Segundo o Secovi-SP, o índice foi de, respectivamente, 6,7% e 13% em 2017 e 2018, um dos mais altos entre as categorias analisadas. O VSO indica a proporção de unidades vendidas em relação ao total de disponíveis e é, em última análise, um indicativo de que um imóvel pode ser um bom investimento.

 

Demanda aquecida

O diretor da Panser Serviços de Crédito Imobiliário, Luís Paulo Serpa, observa que a demanda por esses imóveis é maior pelo próprio fato de serem mais baratos em termos absolutos e terem, por definição, um maior número de compradores em potencial. Isso, por sua vez, implica maior liquidez, reforçando o interesse de investidores e criando uma espécie de “círculo virtuoso”.

Luís Paulo explica que, do ponto de vista de estratégia de investimento, é mais interessante, digamos, adquirir três imóveis de R$ 300 mil para locação do que um de R$ 900 mil. Afinal, numa situação de emergência em que seja necessário fazer caixa, vender um imóvel mais barato tende a ser mais fácil e mais rápido.

A mesma lógica vale para imóveis comprados na planta que serão, depois, revendidos: mais liquidez significa menos dinheiro parado.

Voltando ao exemplo do investimento para locação, no caso de um dos três imóveis ser desocupado, o proprietário terá uma taxa de vacância de 30% - com custos proporcionalmente mais baixos de condomínio e outras despesas que no caso de a unidade de R$ 900 mil ficar vazia.

Ele explica, ainda, que os lançamentos de apartamentos compactos  têm se concentrado em áreas com boa oferta de serviços de transporte público, o que, por sua vez, tende a atrair um público mais jovem, que, em geral, valoriza a facilidade de deslocamento. “É um público que, muitas vezes, já adquire a unidade tendo em mente que, se for necessário, irá vendê-la para se mudar para um imóvel mais próximo de um novo emprego. Por isso, a questão da liquidez é importante”.