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Comprar e negociar
29 de Novembro de 2022.

Vendas de imóveis de médio e alto padrão aumentam quase 100% no primeiro semestre

Empreendimentos voltados para o público de alta renda mostram resiliência diante de inflação e juros altos

 

Mesmo diante de desafios como a inflação — que chegou a atingir 12,13% ao ano em abril – e da alta dos juros (a Selic foi de 5,25% ao ano em agosto de 2021 para 13,25% em junho de 22), as vendas de imóveis de médio e alto padrão vivem um excelente momento.

foto tirada de drone, da região de Jardins, um dos principais bairros de São Paulo com imóveis de alto padrão. 

O total praticamente dobrou, quando se avalia o período de janeiro a julho de 2022 (último dado disponível) versus o mesmo dado para 2021. Foram 26,5 mil unidades este ano ante 13,8 mil no ano passado, aumento de 92%. Os dados são da Fipe e da Abrainc - Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, relativos às 18 empresas do setor associadas à entidade.

Infraestrutura de imóveis alto padrão 

O número de unidades lançadas nesse segmento (conhecido pela sigla MAP) chegou a 27,2 mil unidades. E o total de distratos (imóveis devolvidos antes da entrega) aumentou, chegando a 2,9 mil unidades, variação bastante inferior ao porcentual de elevação das vendas — que, como foi mencionado, praticamente dobrou.

Esse movimento reflete alguns fatores que, em geral, são mais característicos desse segmento de mercado e que acabam motivando a decisão de compra — nesse caso, geralmente associada a fatores de longo prazo e a questões como localização e perfil do projeto e menos atrelada à disponibilidade de recursos. “As classes média alta e alta vêm buscando, cada vez mais, empreendimentos com melhor infraestrutura e acesso a mais itens de lazer, focando, sobretudo, a comodidade”, avalia o sócio da MP2 administração de imóveis, sócio da MP2 administração de imóveis, Gabriel Kruglensky.

Menos tempo na compra

Um estudo da própria Abrainc em parceria com a BRAIN Inteligência Estratégica mostrou que o público de classe mais alta (assim considerado como aquele com renda mensal acima de R$ 16,5 mil) tende a fechar o negócio da compra de um imóvel mais rapidamente que outros grupos: 81% dos entrevistados nesse nível de renda concretizaram a compra em menos de seis meses, antes 72% no público de renda entre R$ 8 mil e R$ 16,5 mil e 69% no de R$ 4,3 mil a R$ 8 mil.

Os grupos de maior renda (foco das incorporadoras nos projetos de médio e alto padrão) são, também, os que tendem a gastar mais tempo na escolha do imóvel e menos tempo em negociação com corretores – o que, na prática, indica que, uma vez definida a unidade a ser adquirida, as demais etapas são, em geral, mais rápidas. Para 52% dos entrevistados desse público, “encontrar o produto ideal é a etapa mais complicada na compra de um imóvel”. Na outra ponta, apenas 3% dos respondentes desse grupo consideram a negociação a fase mais complicada, ante 13% no público de renda entre R$ 8 mil e R$ 16,5 mil e 15% na faixa de R$ 4,3 mil a R$ 8 mil.

“Boa parte desse público está adquirindo imóveis como forma de investimento de olho na perspectiva de queda da Selic no ano que vem, em um movimento que tende, proporcionalmente, a aumentar os ganhos com locação. No caso dos mais idosos, há uma busca por empreendimentos com mais conforto e empreendimentos mais modernos, no conceito clube”, avalia Kruglensky.