Pesquisa aponta o que mais importa para o consumidor na hora de comprar um imóvel
Boa localização, preço, segurança na região, condições de pagamento, metragem e estrutura de lazer do condomínio. Esses são, pela ordem, os seis itens que mais pesam na hora de adquirir um imóvel. Os dados são da pesquisa A Jornada de Compra do Imóvel, realizada pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).
A pesquisa ouviu um total de 850 pessoas que adquiriram imóveis em 2021 e traçou um amplo panorama do processo de compra, desde os já mencionados fatores que mais pesam na decisão, até o número de imóveis visitados e o uso da tecnologia no processo. Em relação, por exemplo, aos estabelecimentos cuja proximidade mais pesa na compra estão, em primeiro lugar, os supermercados (83% de respostas), seguidos de farmácias (59%), hospitais (38%), escolas (34%), padarias (30%) e agências bancárias (14%). As questões, vale lembrar, permitiam mais de uma resposta.
Energia solar no condomínio: uma vantagem competitiva
Quando se trata de itens determinantes no condomínio para a compra de um imóvel, os campeões foram os equipamentos de energia solar. Segundo a pesquisa, 66% das pessoas estariam dispostas a pagar mais por uma unidade, caso o empreendimento possuísse esse tipo de equipamento. Em seguida, vieram espaços arejados com a natureza (57%), tecnologia e conectividade (também 57%), tecnologia para utilização da água da chuva (56%), academia (47%), varanda ampla (46%), além de uma série de outros fatores.
O levantamento mostrou, também, como ocorre o processo da compra, em si. Entre os compradores de imóveis no interior do país, 40% tomaram conhecimento da unidade que iriam adquirir por meio da indicação de amigos, contra 27% nas capitais. Outros 7% (interior) e 10% (capitais) “chegaram” aos imóveis comprados por meio de consultas a imobiliárias. Chamam, ainda, a atenção, as consultas feitas nas redes sociais: Facebook e Instagram foram a fonte de pesquisa que resultou na compra para 18% dos respondentes das capitais e 14% dos do interior.
O tempo médio para concretizar a compra foi de até seis meses para 73% dos compradores; 19% levaram de seis meses a um ano e 8%, um ano ou mais. Já o número de imóveis visitados até o fechamento do negócio foi de até três para 50% dos entrevistados. Cerca de um terço, 27%, estiveram em de quatro a cinco imóveis antes de tomar a decisão. No outro extremo da pesquisa, 11% das pessoas visitaram nove ou mais unidades antes de decidir.
A pesquisa mostrou, também, que, embora a tecnologia ainda não seja amplamente utilizada na hora de fazer esse tipo de negócio (49% dos respondentes disseram que não participaram de qualquer processo digital durante a compra), a avaliação daqueles que utilizam recursos tecnológicos é altamente positiva. Por exemplo, 90% aprovaram as visitas guiadas aos imóveis com o uso de tecnologia e 86% ficaram “satisfeitos” ou “muito satisfeitos” nas negociações on-line com corretores, construtoras ou incorporadoras.
Por que as pessoas deixam de comprar imóveis?
Por fim, um dado importante diz respeito ao atual momento de alta nos juros em geral e, em particular, no crédito para financiamento imobiliário. O levantamento abordou a sensibilidade do consumidor a altas nas taxas. Um cenário de elevação de 0,5% dos juros, por exemplo, faria com que 31% dos entrevistados desistissem da compra. Já uma alta um pouco maior, de 1,5%, faria com que 35% abortassem a ideia de adquirir um imóvel. A grande maioria, nos dois casos, manteria a decisão de compra.
São dados que, certamente, ajudarão as construtoras e incorporadoras a oferecerem produtos cada vez mais adaptados às demandas de um consumidor que busca qualidade de vida e aprova o uso da tecnologia.
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