Como compar um imóvel em 6 passos e sair do aluguel
Planejamento, pesquisa e foco fazem parte da trilha para essa conquista que exige dedicação e atenção nas finanças
Comprar um imóvel para sair do aluguel está nos planos para os próximos meses de 33% dos brasileiros ouvidos em recente pesquisa da BRAIN, que consultou 1.200 pessoas em todas as regiões do país. Atingir essa meta, porém, exige organização financeira, estratégia e disposição para procurar o imóvel com as condições e localização ideais para o seu momento de vida e o seu bolso. Para te auxiliar nos preparativos para essa jornada listamos aqui seis pontos importantes que devem ser considerados.
#1 Organizar as contas
Em tempos de juros em patamares mais altos e aperto inflacionário, o primeiro passo é organizar suas contas. Planeje seus gastos, monte uma planilha e considere nessa conta a criação de um fundo de reserva. Principalmente se o plano é adquirir um imóvel na planta (o que exige uma entrada de no mínimo 20% em média), ter essa reserva já é um bom começo. Importante, verifique se, pois de acordo com a sua renda e o valor do imóvel a ser financiado, a Caixa oferece algum tipo de subsídio. Isso pode fazer toda a diferença para a realização desse sonho.
Também é preciso pensar nos custos futuros na hora da entrega das chaves e outras despesas para se mudar para a nova casa ou apartamento quando chegar a hora. Tem ITBI, escritura, registro... a conta é um pouquinho salgada. Sem falar em marcenaria, acabamento, móveis, eletrodomésticos e outras despesas fixas do imóvel como condomínio, água, luz, internet. Planejamento financeiro é essencial para estar bem preparado em cada uma dessas etapas.
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#2 Acompanhar o FGTS
Dica número dois: se você é um trabalhador contratado pelo regime da CLT consulte regularmente o saldo do seu FGTS, ele pode ser dado como entrada no financiamento. Esse dinheiro pode ser usado para quitar totalmente ou amortizar a dívida, tanto para contratos firmados no âmbito do Sistema Financeiro Habitação (SFH) como no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
#3 Evitar entrar em dívidas
Ainda no quesito ‘poupança’, a terceira dica é evitar entrar em dívidas, principalmente as muito longas. Mantenha o foco no controle de gastos e tente excluir do seu cotidiano despesas desnecessárias. Seja mais seletivo ao programar passeios, limite as saídas para jantar ou almoçar fora, claro, sem abrir mão de alguns bons momentos de lazer. Não sucumbir às compras de impulso é a chave. Há diversas formas de ser econômico sem que isso vire uma paranoia. Busque equilíbrio.
#4 Estudar sobre financiamento
Entender quais opções de financiamento que o mercado oferece e como funcionam é a quarta dica. Se informe sobre as condições que regem os contratos de financiamento imobiliário e consórcio e verifique qual delas se enquadra melhor no seu momento de vida – solteiro e deseja morar perto do trabalho, tem planos de casar e ter filhos, prefere um local mais sossegado e distante do centro, etc.
#5 Ser atento ao conjunto
Ser atento e desconfiado é a quinta dica. A aquisição de um imóvel não é uma situação corriqueira, costuma ser o investimento de uma vida e precisa ser feita com total atenção. Avalie não apenas a localização, mas a situação financeira da construtora e da instituição em que pretende contratar o financiamento antes de fechar qualquer negócio.
No caso de um imóvel usado a checagem de toda a documentação é fundamental: matrícula, escritura, além de todas as certidões negativas, de IPTU, laudêmio (se for o caso), condomínio, além de despesas passadas com as concessionárias de gás e energia.
#6 Acompanhar tendências do mercado
Última dica: fique sintonizado nas tendências da economia. Embora a Selic esteja em dois dígitos no momento (a tendência é de queda), especialistas do setor ressaltam que a contratação do financiamento para os que comprarem um imóvel na planta agora será assinada apenas daqui 24 meses. Acompanhar o noticiário do setor pode ajudar a direcionar seu planejamento na busca pelo melhor momento e taxas favoráveis.
Segundo o boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a taxa de juros básica da economia brasileira, que está em 13,75% ao ano, deve chegar ao final de 2023 em 12% ao ano. A perspectiva para inflação também é de queda.
E vale lembrar da possibilidade de portabilidade, em que você pode transferir seu financiamento para outra instituição financeira com taxas mais atraentes. É sempre bom avaliar as opções e isso pode lhe render uma boa economia futura.