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Onde morar
27 de Fevereiro de 2020.

Localização do imóvel: o que levar em conta para não errar

É fato que a escolha de um imóvel para compra envolve uma série de fatores. Pesam nessa decisão questões como o poder aquisitivo e a capacidade de financiamento, o tamanho da unidade desejada e aspectos ligados à infraestrutura do imóvel – se possui garagem, área de lazer e outros itens, por exemplo. Mas  quando o assunto é localização o que avaliar? Em outras palavras, o que é exatamente um apartamento “bem localizado”?

É evidente que essa pergunta não tem uma única resposta. Com a experiência de quem está há 15 anos no mercado, o sócio-diretor da BBZ Imóveis, Fernando Prando, observa que o conceito de imóvel bem localizado mudou bastante na última década. “Se antes o fator-chave era qualidade de vida, hoje o principal critério é a mobilidade urbana”. Segundo ele, cerca de 80% dos interessados em comprar apartamento para moradia têm como requisito-chave a proximidade do metrô. “O metrô se consolidou em São Paulo como um fator-chave de valorização dos imóveis”.

80% dos interessados em adquirir imóveis para moradia têm como requisito-chave a proximidade do Metrô

 

Segundo dados do próprio Metrô, tomando-se como base um período de 10 anos entre 2008 e 2018, o número de estações aumentou de 55 para 84. No mesmo período, a malha viária saltou de 61 para 96 quilômetros. Hoje, são 89 estações e 101 quilômetros de malha.

Para além do acesso a metrô, outro fator que pesa na escolha de um imóvel quando o assunto é a localização - e também associado à mobilidade - é a facilidade de acesso a comércio e serviços, como supermercados, padarias, farmácias e escolas.

Esses fatores são gerais e costumam ser importantes na  escolha por apartamentos em São Paulo , independentemente do público. Prando, no entanto, explica que há questões específicas que geralmente são levadas em conta em função da etapa da vida do comprador:

  • Jovens casais sem filhos e pessoas solteiras costumam optar por áreas com uma ampla oferta de transporte, de comércio e de serviços, em imóveis menores, como apartamentos studio. Por isso, em São Paulo, a escolha em geral recai sobre regiões como a da na Avenida Paulista e a do Centro – República, Augusta, Vila Buarque e Consolação.
  •     Adultos com filhos geralmente optam por áreas mais próximas de escolas e colégios. “Mesmo quem pretende ter filhos num futuro próximo já deve ter em mente na hora de adquirir um imóvel regiões como boa oferta de instituições de educação”, aconselha Prando. “Se for possível aliar esse critério à proximidade do trabalho de um dos cônjuges, tanto melhor”. Em São Paulo, duas regiões que oferecem ótima oferta de escolas e, ao mesmo tempo, possuem boa localização do ponto de vista da proximidade de regiões de escritórios – como o centro financeiro da Faria Lima – são o Alto da Boa Vista e Pinheiros.
  •       Por fim, para adultos cujos filhos já saíram de casa e idosos em geral, a opção tende a ser por regiões mais planas, silenciosas e próximas de parques e áreas arborizadas. Prando recomenda que, satisfeitas essas condições de localização, o ideal é se programar para escolher apartamentos em SP de menor tamanho, mais adequado a essa fase da vida em que os filhos já deixaram o lar e, portanto, não há necessidade de continuar atrelado aos custos elevados (e a todo o trabalho) de se manter um imóvel grande.

“As pessoas costumam se mudar, em média, duas ou três vezes na vida. É importante, se possível, se programar para realizar essas mudanças de modo a adequar a fase da vida ao perfil do imóvel. Isso traz mais qualidade de vida e permite um melhor gerenciamento dos recursos”, conclui o especialista.