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Na hora de escolher
17 de Janeiro de 2023.

Valorização e economia: como itens de sustentabilidade ajudam nos condomínios

Além de contribuir com o meio ambiente, a adoção de ferramentas e estratégias para o uso racional de recursos alavanca o preço dos imóveis no mercado 

 

Nunca se falou tanto em sustentabilidade. O tema deixou de ser restrito aos círculos acadêmicos e de ambientalistas para fazer parte do dia a dia de muita gente. Afinal, quando se fala, por exemplo, em eficiência no uso de recursos como água e energia em um condomínio, se fala, também, em redução de custos e valorização do imóvel, em si. Preocupação com sustentabilidade, portanto, pode significar, além de um cuidado com o Planeta e o futuro, benefícios para o bolso.

Para se ter uma ideia, um trabalho do Ministério do Meio Ambiente estima que imóveis que incorporam itens de eficiência ambiental são, em média, de 20% a 30% mais valorizados que aqueles que não possuem esses itens.

foto do Jardim Vertical do Empreendimento Essência Perdizes, localizado na Rua Cayowaa.

Construções sustentáveis

Uma tendência relativamente recente, mas que vem ganhando força no mercado são as certificações, de “construções sustentáveis” ou “green buildings” concedidas por instituições especializadas, como o Green Building Council e a IFC - International Finance Corporation, ligada ao Banco Mundial, responsável pela certificação EDGE, Excellence in Design for Greater Efficiencies. Um dos edifícios certificados com esse selo aqui no Brasil é o Aeté Jardim Paulista.

Para receber o Selo EDGE, o empreendimento tem de contar, por exemplo, com fachadas de alto desempenho ambiental, sistemas de ar-condicionado e iluminação eficientes, captação de águas pluviais e sistemas de reuso.

Economia de recursos naturais e no bolso 

Mas a adequação de um edifício a critérios de sustentabilidade ambiental pode ocorrer independentemente da conquista ou não dessas certificações.

Um projeto de empreendimento sustentável deve observar algumas questões, como:

Recursos hídricos: sistemas de captação de água das chuvas, que pode ser usada, por exemplo, para a limpeza pesada e a irrigação de áreas verdes e, ao mesmo tempo, ajudam a regular o fluxo em períodos de maior pluviosidade, evitando enchentes. Esse tipo de medida pode reduzir em até 60% o consumo de água potável de um empreendimento, ajudando a diminuir a conta de condomínio no final do mês. Dentro dos apartamentos, o cuidado com a água passa pela entrega da unidade, por exemplo, com válvulas de descarga de acionamento duplo e arejadores de torneiras.

Vegetação: telhados verdes ou jardins verticais. Além de serem visualmente bonitos, eles ajudam a proporcionar conforto térmico, auxiliando a regular a temperatura de paredes e telhados e, dependendo do caso, servindo de “plataforma” para o cultivo de hortaliças e ervas aromáticas, por exemplo.

Painéis solares: podem contribuir com a redução do consumo de energia do condomínio. Embora os custos de instalação venham caindo por conta do ganho de escala na fabricação, esse tipo de equipamento ainda é relativamente caro. Mas, no longo prazo, o investimento acaba se pagando e, após o chamado “break even” (momento em que a economia acumulada, por exemplo, com redução da conta de luz, supera o valor investido), pode gerar grandes benefícios para o empreendimento.

Quando se fala em energia, é importantíssimo, também, pensar em itens de automação que geram economia, como elevadores inteligentes (que, por meio de uma central, “identificam” aquele que está mais próximo do andar responsável pelo acionamento), sensores de presença nos halls de escadas (que acionam automaticamente a iluminação apenas quando há pessoas nesses ambientes) e Iluminação externa com acionamento por célula fotoelétrica. Todos esses itens, como já foi mencionado, contribuem não apenas para o Meio Ambiente, mas também para a economia no final do mês.

Coleta seletiva: o conceito de empreendimento “eco-friendly” deve passar, ainda, por uma preocupação com a coleta seletiva dos resíduos, com postos de recebimento do material e divisão que contemple, por exemplo, o recolhimento separado de produtos eletrônicos que possam conter resíduos tóxicos e óleo de cozinha. Importante, também, que a separação e o recolhimento do material para “fora dos portões do prédio” sejam feitos por empresas ou instituições que observem o cuidado com equipamento de segurança para a coleta e os direitos de seus colaboradores – contemplando, dessa forma, também o aspecto social do conceito de sustentabilidade.