IPCA no Financiamento de Imóveis: Saiba como o índice influencia suas parcelas
Vai realizar o sonho da casa própria? Está pesquisando os melhores financiamentos e índices que caibam na sua realidade financeira? Maravilha! Esse é um dos passos mais importantes para que tudo dê certo.
Então para ajudar você a se orientar e informar melhor, resolvemos trazer à tona um assunto muito importante para quem quer contratar um financiamento: o IPCA.
Aqui explicaremos do que exatamente se trata esse índice, para que serve, e de que maneira pode influenciar nas parcelas e no total final do seu financiamento.
Vamos lá?
O que é o IPCA
O IPCA é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Mas, o que significa isso na prática?
Significa que o CMN (Conselho Monetário Nacional) utiliza o IPCA como um medidor da inflação. Ele serve como parâmetro para o ajustamento das metas de inflação, pois mede a variação dos preços de muitos tipos de produtos, entre eles, os financiamentos imobiliários da Caixa Econômica Federal, um dos bancos mais requisitados para esse tipo de negociação de compra de imóveis financiados.
Ou seja, dos anos dois mil em diante, o IPCA começou a ser o índice oficial da inflação do país, e através dele se estabelece os percentuais de aumento ou redução dos preços em geral.
Como o IPCA impacta as parcelas do financiamento imobiliário
O IBGE (Instituto Brasleiro de Geografia e Estatística) faz o cálculo do IPCA através de pesquisas feitas de acordo com o consumo das famílias, dos mais básicos como a cesta básica, ao gasto com lazer e educação. Com isso o COPOM (Comitê de Política Monetária) aplica o reajuste nas taxas inflacionárias em todos os diferentes itens pesquisados.
Desde o ano de 2019 a Caixa Econômica passou a utilizar também os valores referenciais do IPCA para fazer o cálculo das parcelas de um de suas opções de financiamento imobiliário.
São duas taxas bases utilizadas pela Caixa, a TR (Taxa Referencial) e o IPCA.
Ambas possuem diferentes percentuais, e, dependendo do valor do financiamento, da entrada e do prazo de pagamento do total, uma pode ser mais interessante que a outra.
Aí entram os conselhos dos especialistas em finanças.
Vantagens e desvantagens dessa modalidade de financiamento
Ao descobrir que a taxa base da TR tem um percentual mais elevado que a do IPCA você logo vai pensar, quero que no meu financiamento seja utilizado como indexador os percentuais do IPCA, certo?
Depende. De vários fatores.
Quando o financiamento imobiliário utiliza a TR, a mensalidade realmente fica mais alta, mas não sofre as variações e flutuações das taxas da inflação que mudam ano a ano.
E ao optar pelo financiamento com o IPCA você paga além da mensalidade, um valor a mais, que é o da variação da inflação calculada todos os meses pelo IPCA.
Apesar de taxas menores, os riscos da contratação do IPCA para quem não tem uma entrada significativa e vai estender por muitos anos o financiamento é grande, já que ao utilizar o IPCA as parcelas sofrem mudanças mensais, e a economia pode mudar de um governo para o outro.
Com a pandemia da Covid-19 as taxas inflacionárias subiram muito, e isso causou um aumento muito significativo nas parcelas dos financiamentos imobiliários, gerando mais inadimplência que o normal.
Mas as tendências econômicas apontam uma recuperação na economia do país, e com isso, a redução do valor a mais cobrado pelo IPCA nas parcelas dos financiamentos. Porém, isso é uma previsão, não há garantia.
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Então quais são as melhores taxas de juros para seu financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal?
Os especialistas sugerem que, ao optar por um financiamento de longo prazo, a TR seja utilizada, pois mesmo com o percentual de correção maior, você não se tornará refém das mudanças econômicas e inflacionárias que podem surgir nos anos que durar o seu financiamento. Então com o uso da TR você mantém a média de valores mensais a pagar.
Caso opte pelo IPCA, é pouco provável que suas parcelas decresçam com o passar dos anos, por causa das flutuações de preços e da inflação, medidos pelo IPCA.
Existem duas formas de amortização do valor contratado para seu financiamento imobiliários: o SAC (Sistema de Amortização Constante) onde as parcelas são maiores no início e vão diminuindo com o passar dos anos devido a diminuição dos juros que incidem no valor total, que é amortizado a cada mensalidade paga.
E o Price (Sistema Francês de Amortização), que ao contrário do SAC, tem as parcelas iniciais mais baixas, porém elas mantém o valor ao longo do financiamento, excetuando-se os juros previstos em contrato.
Numa negociação desse vulto, é crucial obter a maior quantidade de informações sobre taxas, valores, correções, flutuações inflacionárias, e se certificar que, independente da que escolher, as parcelas estarão dentro da sua realidade financeira, evitando inadimplência e maior incisão de juros sobre o valor final do imóvel.
A Caixa Econômica oferece simulações de financiamentos que podem ser feitas até mesmo pelo site do banco, e assim é possível verificar a diferença entre as taxas e os sistemas de amortização da dívida antes de fechar seu negócio.