Quando inovação e construção civil encontram a responsabilidade socioambiental
Essencial no desenvolvimento da vida urbana como conhecemos hoje, o mercado imobiliário, assim como a esmagadora maioria dos segmentos econômicos, passou por dores de crescimento.
Não por acaso, e de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o setor é responsável por quase 40% das emissões de carbono relacionadas à energia em todo o mundo. E este número já foi maior.
Isso porque, primeiro, houve ganhos estruturais na indústria, otimizando durabilidade e resistência; depois, vieram os incrementos estéticos, com arquitetos e engenheiros dando formas menos óbvias e mais complexas às construções.
Como tornar a responsabilidade socioambiental parte dos projetos?
Agora, e talvez esse seja o passo mais importante da evolução do mercado, passa a ser possível comprar e viver num apartamento (e num prédio), em que, além de estrutura e arquitetura sofisticadas, há processos de responsabilidade socioambiental cercando os momentos de construção e também de moradia. O que passa a ser uma exigência do mercado e dos consumidores.
O que isso quer dizer? Basicamente, construtoras e incorporadoras estão começando a levar as tão importantes práticas ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) para os seus canteiros de obras, reduzindo o impacto da construção em si e, em alguns casos, melhorando a qualidade de vida dos moradores e da região.
Utilizaremos como exemplo o Aeté Jardim Paulista, prédio residencial entregue em setembro de 2021 pela Setin, incorporadora especializada em empreendimentos residenciais de médio e alto padrão na cidade de São Paulo e vanguardista neste processo de modernização.
A construção conquistou o certificado internacional de sustentabilidade Excellence in Design for Greater Efficiencies (EDGE), na categoria EDGE Certified Green. Este selo foi criado pela International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial, e qualifica empreendimentos em três pilares: eficiência energética, no uso da água e redução de energia incorporada aos materiais, atestando os edifícios como green buildings.
O que não pode faltar num green building?
Na prática, estes desenvolvimentos podem ser encontrados em fachadas de alto desempenho ambiental, conforto térmico, sistemas de ar-condicionado e iluminação eficiente, além de sistemas de captação de águas pluviais e reuso de águas cinza e negra, assim como em outras estratégias de arquitetura que atuam na comprovação de uma construção com rígido controle e viés sustentável.
Por fim, o selo ainda qualifica edifícios para possíveis reduções de outorga onerosa e IPTU em capitais brasileiras, além dos bancos disponibilizarem taxas diferenciadas em negociação de créditos para empresas com tal certificação em seu portfólio. Ou seja, permite que o morador ganhe em performance, sustentabilidade e financeiramente a longo prazo.
Práticas sustentáveis pelo mundo
Mas o Aeté não é um caso isolado para a Setin. A empresa possui, desde 2020, um Comitê de ESG com o objetivo de avaliar a exposição a riscos, gerenciá-los e implementar políticas de mitigação, assim como de desenhar práticas sustentáveis a serem aplicadas em novos empreendimentos e modelos.
E nem é preciso ir muito longe para encontrar algumas dessas infinitas possibilidades. O Estádio Jorge Luis Hirschi, do time de futebol argentino Estudiantes de la Plata, também recebeu o selo EDGE após passar por renovação em 2019. Foi o primeiro do mundo. Há ainda universidades verdes em países como Colômbia, Indonésia e México, e muito mais. Trata-se de um movimento sem volta e que premiará aqueles que entenderem e aceitarem o processo primeiro.
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