Com valores que podem superar R$ 60 mil o m², imóveis de luxo e superluxo se firmam como grande ‘objeto de desejo’ da parcela mais endinheirada da população
As vendas do segmento de luxo, imóveis com valores acima de R$ 1 milhão, e superluxo, acima de R$ 2 milhões, alcançaram novos recordes neste ano. A participação desse nicho no mercado imobiliário só cresce e já representa 8,5% do total, ante 5,8% registrado no ano passado.
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Segundo recente pesquisa da consultoria Brain, especializada no mercado imobiliário, nos primeiros nove meses de 2021 as vendas de lançamentos nesse segmento dispararam 129% na capital paulista em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 4.217 unidades.
O volume também representa o dobro da expansão da construção como um todo, batendo em um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 9,4 bilhões – outra marca histórica.
Isso explica essa crescente demanda nesse segmento, dado o atual cenário macroeconômico. Em meio ao auge da pandemia, a taxa Selic atingiu 2%, em agosto de 2020, patamar inédito.
Aliado a isso, o impacto das constantes mudanças políticas e econômicas no segmento de renda variável também contribuíram para um maior fluxo de recursos para esse conhecido ‘porto seguro’.
Nesse universo de pesquisa o preço do metro quadrado chega a superar os R$ 60 mil, dependendo do bairro em que o apartamento está localizado. A grande estrela desse mercado, segundo consultores ouvidos pela Brain, tem valor médio de R$ 5,1 milhões (o equivalente a R$ 21,7 mil o m²) e metragem acima de 200 m².
Apartamentos acima de R$ 15 milhões
A capital paulista registra 13 empreendimentos na ponta mais cara do espectro da pesquisa da Brain, com valores acima de R$ 15 milhões a unidade. Todos estão localizados em áreas nobres como Jardins, Vila Nova Conceição e Moema.
A menor disponibilidade de terrenos nessas regiões, observam os especialistas, têm contribuído para elevar os custos de incorporação, mais um fator que explica o nível de preços.
Atenta a maior demanda desse público tão específico e exigente, a Setin trabalha atualmente no lançamento do Karpz Jardins, além do AD+D, JL e do AETÉ, já prontos para morar.
Design único
A parceria com escritórios de design renomados internacionalmente também tem se revelado um grande achado para as construtoras. Segundo fontes do setor, a internacionalização dos projetos tem boa repercussão entre esse público, que está disposto a pagar por uma ‘experiência’ única.
A perspectiva para 2022 levantava dúvidas sobre se essa janela já não estaria se fechando. O perfil desse investidor, porém, aponta para um período de fortes vendas pelo menos para os próximos meses. Nessa conjuntura, a SETIN ainda mira em um novo perfil de cliente em potencial: jovens ricos da área de tecnologia e fintechs.
Isso porque, diferente da classe média, a decisão de investimento dos mais riscos considera os rendimentos das diversas opções a que se tem acesso no mercado de capitais e não apenas as oscilações da taxa básica de juros.
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