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Tendências
25 de Março de 2021.

Imóvel rendeu 4x mais que investimentos tradicionais em 2020

A opção de imóvel como investimento tem se mostrado uma decisão inteligente para 2021, considerando sua rentabilidade superior a de outras aplicações mais populares, como renda fixa ou poupança e as perspectivas para o setor. Segundo levantamento de janeiro realizado pela Imovelweb, a rentabilidade (relação aluguel/preço) subiu para 5,6% ao ano (bruto).

Já a rentabilidade imobiliária total (comprar, alugar, vender), aponta o estudo, tem crescido desde abril de 2019, atingindo 8,7% nos últimos doze meses. Como base comparativa, em 2020, a poupança rendeu 2,1%, o CDI 2,7% e a Ibovespa 2,8%.

“O mercado imobiliário residencial também sofreu com a pandemia, mas seu retorno financeiro está melhor do que outras aplicações, como renda fixa, por exemplo, porque comparativamente o rendimento delas piorou muito mais”, avalia o coordenador do curso de Negócios Imobiliários da PEC da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Alberto Ajzental. Como os juros ainda estão baixos, resume o professor, ficou bem mais interessante o retorno para quem compra o imóvel.

Em 2020 os preços de aluguel subiram 6% acima da inflação e bem abaixo do reajuste do IGP-M, indica a Imovelweb em seu relatório mensal. E mais: os preços de venda continuam em tendência de alta. Em janeiro, o preço dos apartamentos em São Paulo subiu 0,2% em relação ao mês anterior, para R$6.283/m². O valor se refere a uma unidade média com dois quartos com 65 m², uma vaga e preço de R$408 mil. No acumulado do ano passado os preços de venda subiram 2,3%, ficando abaixo da inflação, que atingiu 4,3% no período. 

Nesse contexto, vale destacar as valorizações das regiões Oeste (alta de 2,5%) e Centro (de 2,4%) da capital paulista, com desempenhos acima da média, atingindo R$8.842/m² e R$8.187/m², respectivamente. Ambas contam com um fator importante para essa valorização: infraestrutura completa - como bom acesso ao transporte coletivo, comércio eficiente e estrutura de lazer. Na Zona Oeste, em especial, temos o eixo da Linha Amarela do Metrô, aponta Ajzental.

Mesmo com a recente elevação da Selic, a primeira desde 2015, se sabe que a aplicação na poupança passará a render 0,16% ao mês e 1,93% ao ano, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Seu rendimento estava em 0,12% ao mês e de 1,4% ao ano.

 

Janela de oportunidade

Balanço anual do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) também revela que, apesar do ambiente econômico mais turbulento em razão da pandemia, as vendas de residências na capital cresceram 4,5% em 2020, somando 51.417 unidades. E a expectativa é de continuidade desse movimento. Segundo a pesquisa, o modelo de imóvel mais procurado foi o de dois dormitórios, com área útil entre 35 m² e 45 m² e preços de até R$240 mil.

Ao mesmo tempo, levantamento do FipeZap aponta que em 2020 os preços de casas e apartamentos à venda no país subiram 3,67%, indicando a primeira alta em quatro anos.

“O cenário ainda é bastante favorável para o setor tendo em vista a valorização acima do esperado que vimos no ano passado, principalmente na cidade de São Paulo, mas ainda temos um quadro muito desafiador pela frente”, pondera Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da Construção da FGV.

 

Crédito fácil

Mesmo em um ano marcado uma crise político, social e sanitária – com o fechamento das atividades não essenciais e isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus - a concessão de crédito para compra de imóvel com recursos da poupança registrou um salto de 58% em 2020, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). 

Para este ano, a associação, embora cautelosa com relação ao ritmo lento da vacinação no Brasil, ainda prevê alta de 27%.

Outro sinal do otimismo que tem prevalecido no setor imobiliário, para este ano o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) estima uma repetição do bom desempenho dos dois últimos anos em vendas, com crescimento de 5% a 10%. Diante da expectativa de retorno gradual da economia, a entidade projeta crescimento de 3,5% no ano para o setor.